QUATRO HOMENS &
DOIS DESTINOS
Por Adauto Rezende
Anos atrás, fui a um hospital em Toronto visitar um paciente com câncer terminal. Sua família estava presente, e o homem, afligido pela doença, me pediu para orar por ele. Disse me que sabia que seus dias estavam contados e queria entregar sua vida a Deus. Depois de ler as Escrituras, expliquei-lhe como Jesus pagou por nossos pecados e como poderia se tornar cristão. Oramos juntos e ele entregou sua vida a Cristo, aceitando-O como seu único Salvador e Senhor. Seu rosto mudou, seus olhos brilhavam e de repente houve uma tremenda paz no local. Surpresos, os membros de sua família assistiram a uma poderosa transformação interior diante de seus olhos, embora ainda não fossem cristãos.
Momentos depois, enquanto eu conversava com seus filhos, sua esposa me chamou à parte. Ela acabara de conhecer uma mulher no corredor do hospital, cujo marido estava na mesma condição, perguntando se eu poderia ir visita-lo.
A pedido dela, fui até lá. Ao entrar, vi um homem muito zangado e furioso. Após uma breve introdução, abri minha Bíblia e perguntei-lhe gentilmente se gostaria de entregar sua vida a Jesus Cristo. Sem me responder, mas gritando e xingando falou com a esposa: "Onde está o meu dinheiro, idiota? Quero todo o dinheiro do meu lado." A mulher desesperada abriu a gaveta ao lado da cabeceira e retirou um maço de notas de cem dólares e entregou-o em suas mãos. Segurando o dinheiro, parou de gritar e se acalmou. Disse me para ir embora e, a seu comando, sua esposa me acompanhou para fora do quarto.
Três dias depois, o paciente que havia aceitado o Senhor Jesus faleceu, deixando para trás sua esposa e três filhos. Havia uma paz interior incrível em todos; pois tinham certeza de que seu pai havia sido salvo e estava com o Senhor. Alguns membros de sua família frequentaram nossa igreja após sua morte.
Cerca de três meses depois, enquanto caminhava perto do mesmo hospital, ouvi alguém me chamando do outro lado da rua. Olhei para ver quem era e lá estava a esposa do segundo paciente. Ela veio e perguntou se eu poderia visitar o marido. Disse me que ele estava em seus últimos dias, e segundo os médicos poderia morrer a qualquer momento. Desesperada, me levou ao hospital e, ao chegar, conheci o homem que havia visitado antes, só que numa condição precária. Os ossos faciais eram visíveis, e a doença impiedosa havia destruído quase todos os órgãos do seu corpo. Aproximei-me dele e novamente fiz a mesma pergunta; “você quer entregar sua vida ao Senhor Jesus? Ainda há esperança para você. Jesus disse que quem nele crer, ainda que morra, viverá”.
O homem não me respondeu, mas olhou para a esposa e a acusou em voz alta de que ela havia roubado o dinheiro de sua conta bancária. A mulher infeliz, como fez em minha primeira visita, mostrou e deu a ele provavelmente cinquenta mil dólares para apaziguar o homem dos gritos e palavrões que saíam de sua boca. Ela desculpando-se pediu me para sair. Deixei para trás uma esposa infeliz e um ser humano esquelético que, nos últimos momentos de sua vida, continuou buscando no dinheiro, o último conforto para sua alma. Esse incidente lembrou me as últimas horas de Jesus Cristo antes de sua morte. De acordo com a narrativa de Lucas1, eles crucificaram Jesus entre dois criminosos. O primeiro blasfemava a Deus e desafiava Cristo a tirá-los daquela situação. O segundo, quando o ouviu, o repreendeu, dizendo que eles estavam ali por causa de seus crimes, mas o que estava entre eles não fizera mal algum. Então ele disse: “Jesus, lembre-se de mim quando entrares no seu reino.” “Jesus respondeu-lhe Jesus:“ Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. ”2
O primeiro criminoso só queria sair da cruz para voltar à sua vida de crimes, corrupção, vícios e paixões mundanas e nesta narrativa existem algumas semelhanças com o último doente que fui visitar.
Embora ele não fosse um criminoso, tudo o que lhe importava era sua fortuna. Queria viver apenas para aproveitar seus investimentos, sua pensão, seu trailer, o vinho que havia feito no verão e embebedar-se com seus amigos nas tavernas do bairro. Quanto à esposa, os filhos e, sobretudo Deus, não se importava com eles. Estes não faziam parte da preocupação e dos planos do indivíduo. Mesmo com a morte à sua porta, não pensava em ninguém, nem mesmo no Senhor. Sua rebelião tomou rumos insuportáveis, pois gradualmente descobriu que seu dinheiro e seus bens não podiam acrescentar um minuto à sua vida. Deus na sua misericórdia concedeu-lhe mais três meses, para provar aos que estavam orando que lamentavelmente; arrependimento, confissão, salvação e céu não faziam parte do estilo de vida deste homem.
De volta à narrativa de Lucas, diz que o segundo ladrão, ao contrário do primeiro, não se queixou da dor que sentiu, não culpou seus pais, o governo, os filhos ou inimigos por estar naquela cruz. Ele reconheceu que estava naquela situação por causa de seus próprios pecados.
Ele também não pediu ao Senhor para tirá-lo da cruz, mas fez uma simples oração de alguém que sabia que após morrer passaria toda a eternidade ou no inferno ou com o Senhor. Num gesto humilde de pecador arrependido, clamou a Deus por misericórdia, que prontamente lhe respondeu. O mesmo aconteceu com o primeiro paciente que visitei. Nos últimos momentos de sua vida, clamou a Deus por sua salvação, dizendo: Senhor Jesus, lembre-se de mim. E o Senhor Jesus prontamente lhe respondeu tão prontamente quanto o ladrão da cruz. Quase dois mil anos depois, um pecador que vivia seus últimos dias no hospital de Toronto também foi ao paraíso e, certamente encontrou ali o ladrão arrependido e quem sabe, depois de uma conversa, descobriram que ambos tinham muito em comum.
Notei nos dois episódios, embora separados por centenas de anos, alguns paralelos. Vi dois finais felizes e dois finais tristes, dois conquistadores e dois perdedores, duas decisões sábias e duas tolas. Haviam quatro vidas e dois destinos diferentes para cada um deles.
O homem, tendo sido criado de acordo com a imagem e semelhança do Criador, tem livre arbítrio e poder para decidir o caminho a seguir. Dois mil anos não mudaram o coração do homem, que permanece no mesmo dilema. Aceitar ou rejeitar a oferta de Deus, receber ou recusar a bondade e o amor de Jesus Cristo, o Senhor.
Como Jesus Cristo disse, existem dois caminhos e duas portas. “Entre pela porta estreita. Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à destruição, e muitos entram por ela. Mas estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida, e apenas alguns a encontram. ”2
No final da jornada, todos chegarão ao local de seu destino, aqueles que entraram pela porta estreita para o caminho da salvação e aqueles que decidiram entrar pela porta l0arga para o caminho da perdição eterna.
Concluindo, eu gostaria de desafiá-lo(a) a pensar quando chegar a hora de seus últimos momentos neste planeta. Será que seu coração será capaz de aceitar a dor da morte? Você pode dizer as palavras do criminoso arrependido? Eu recomendo que você não espere muito tempo. Seu fim pode estar mais perto do que você pensa. Tome a decisão mais importante da sua vida. A morte não perderá o dia ou o horário para levá-lo(a) ao seu último destino. PARE, PENSE E REFLITA. É um caso de vida ou morte. Entre pela porta certa: JESUS CRISTO!
Se voce entendeu tudo isso e sinceramente gostaria
de aceitar o dom da salvaça o de Deus,
aqui esta um exemplo de como orar.
“Querido Pai Celestial. Eu venho a Ti, confessando que pequei e quebrei as tuas leis.
Sinto muito pelo meu pecado e creio que Jesus Cristo veio a
Terra para morrer por mim e pelos meus pecados e ressuscitou dos
mortos para que eu tambem pudesse ter a vida eterna.
Por favor me perdoe.
Convido-te a entrar na minha vida e dou a Jesus Cristo o direito de
tomar o controle do resto da minha vida.
Por favor me ajude a ser o que voce quer que eu seja.
Eu te agradeço por me salvar e me aceitar
e eu oro em nome de Jesus ”.
“Porque Deus amou tanto o mundo que deu o seu u nico Filho, para que todo aquele que nele cre na o pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16
1. Lucas 23: 32
2. Lucas 23: 39-43
3. Mateus 7: 13-14